Amor à primeira vista
A velha igreja abandonada sob um céu com nuvens que nunca trazem chuva. Vendo-a, coloco-me a pensar, muitas vezes, quão distante e quão próxima ela se encontra no tempo. Tão em ruínas e tão jovem! Mais jovem ainda que esta servidora da arte e da própria igreja que ela tenta restaurar. É como se ela sentisse nostalgia de tempos passados, como se, do nada, ela tivesse sentido-se sozinha em meio a si mesma e se tivesse ficado abandonada à sua própria sorte... à sua morte prematura. Amei-a desde que a vi pela primeira vez. Desde que caminhei por sua nave e toquei seu altar, desde que vi os conhecidos rostos santos e patriarcais lutando contra a deterioração. Vê-la dia-a-dia [Leia mais...]