Quermesse em prol de padroeira dos gregos começa nesta sexta em Lins

Dinheiro arrecadado será revertido para restauração da igreja ortodoxa.
Celebração será no domingo e pratos da Síria e Grécia serão servidos.

A partir desta sexta-feira (6), a igreja ortodoxa grega de Lins (SP) promove a 1ª Festa de Nossa Senhora de Panaghia Tsambika para arrecadar doações para a continuação da restauração da igreja, considerada hoje um patrimônio histórico.

A quermesse em prol da padroeira dos gregos será realizada até domingo (8), onde haverá uma celebração especial, das 8h às 18h, para que a população veja o que já foi recuperado. Durante os três dias de evento, serão servidas comidas como pastel, churrasco, cachorro-quente e doces diversos, além de pratos típicos da Síria e da Grécia.

“Em 2005, a igreja ortodoxa grega, construída em 1958, despertou a curiosidade de um grupo de estudantes da cidade. Eles se inscreveram em um concurso e o trabalho foi selecionado entre os quatro maiores tesouros do Brasil. No entanto, muitas pessoas ainda não sabem que a igreja está funcionamento e precisamos de ajuda para terminar a restauração”, explica a voluntária Silvia Armelin, que enviou a informação da quermesse através do VC no G1.

As quermesses começarão a partir das 18h na igreja, localizada na rua Regente Feijó, no Jardim Campestre. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (14) 3522-1162.

História
A Igreja Ortodoxa de Lins foi inaugurada em 1958, por obra de um agricultor, membro da terceira geração de gregos que moraram em Lins da década de 20 até a de 90. Eram gregos típicos, festeiros, unidos e ligados à família.

Um deles queria trazer a mãe da Grécia, mas tinha como principal obstáculo a religiosidade da mulher, que queria continuar próxima à igreja que frequentava. Então ele decidiu investir parte do dinheiro que ganhou com a plantação de arroz para construir uma igreja igual à frequentada pela mãe.

A comunidade grega frequentou a igreja durante 30 anos, mas o número de gregos na cidade foi diminuindo e o templo fechou. Quando foi redescoberta pelos estudantes, estava fechada e abandonada há 20 anos, já que na década de 90, os últimos gregos da cidade foram embora.

A construção sempre foi cercada de mistério. O teto tem a forma de uma arca e faz alusão à Arca de Noé. É como se a entrada da igreja representasse a salvação das pessoas. Ao longo dos anos, o patrimônio se deteriorou, mas a igreja possui características históricas importantes, o que fez com que ela se tornasse um patrimônio histórico.

Fonte: G1 Bauru e Marília